Denise Bittencourt Teixeira, artisticamente conhecida como Denise Dummont, nasceu em Fortaleza, Ceará, em 20/03/1955.
Filha do compositor Humberto Teixeira, o ‘Doutor do Baião’, parceiro de Luiz Gonzaga e autor de clássicos como ‘Asa Branca’, ‘Assum Preto’ e “Qui Nem Jiló’, ele teria proibido a filha de ser atriz, impedindo-a de usar seu sobrenome – sendo rebatizada então por Walter Avancini e Daniel Filho na sua estreia na TV.
Início de Carreira
Denise Dummont iniciou sua carreira no teatro amador, passando depois pela famosa escola de Teatro O Tablado, de Maria Clara Machado.
Estreou em novelas em 1973, em ‘Semideus’, de Janete Clair.
Trabalhos na TV
Após sua estreia em "O Semideus", Denise atuou nas novelas "Gina" (1978) e "Marrom-Glacê" (1979), além de fazer uma participação em um episódio de "Ciranda Cirandinha" (1978).
Em 1980, foi convidada a ser a protagonista da novela "Marina", de Wilson Aguiar Filho e direção geral de Herval Rossano.
Em seguida, atuou em "Baila Comigo" (1981), "Quem Ama Não Mata" (1982), "Voltei pra Você" (1983) e "Corpo Santo" (1987).
Trabalhos no Cinema
No cinema, Denise Dummont estreou em 1979, no longa ´Terror e Êxtase’, de Antonio Calmon.
Participou, em seguida, de: ´Eros – O Deus do Amor’ (1981), de Walter Hugo Khouri; ´Filhos e Amantes’ (1981), de Francisco Ramalho Jr; ´Rio Babilônia’ (1982), de Neville D’Almeida; ´Os Vagabundos Trapalhões’ (1982), de J. B. Tanko; ´Bar Esperança, O Último que Fecha´ (1983), de Hugo Carvana; ´Amenic – Entre o Discurso e a Prática’ (1984), de Fernando Silva; ´O Beijo da Mulher Aranha’ (1984), de Hector Babenco; e ´Jorge, Um Brasileiro’ (1987), de Paulo Thiago.
Em "Rio Babilônia", de Neville D´Almeida, Denise participou de uma cena de ménage à trois, que rendeu muita polêmica.
Em 1987 é escalada para o filme de Woody Allen, ‘A Era do Rádio’, interpretando uma cantora latina aos moldes de Carmen Miranda.
Mudança para os EUA e 'A Era do Rádio'
Em 1985, Denise foi com seu filho Diogo (da união com o ator Claudio Marzo) passar o Natal e o réveillon ao lado de sua mãe, que morava em Nova York. Acabou ficando para a estreia de "O Beijo da Mulher Aranha", a convite de Sônia Braga e Hector Babenco. Empolgada com a boa acolhida da crítica, conseguiu um agente e permaneceu no país para estudar teatro na Universidade de Nova York (NYU).
A aposta rendeu frutos. Ela foi convidada para uma entrevista com o diretor Woody Allen: “Ele perguntou se eu sabia cantar e dançar. Disse que faria qualquer coisa e na hora ganhei o papel, que só depois fui saber qual era”, lembra Denise, que fez uma ponta cantando “Tico-Tico no Fubá” no filme "A Era do Rádio".
Em Los Angeles, Denise conheceu o roteirista e diretor Matthew Chapman, com quem se casou e teve uma filha, Anabela.
Nos EUA, ela participou dos filmes "The Allnighter" (1987), "Heart of Midnight" (1988), "Heartwood" (1998) e da série de TV "The Equalizer".
"As duas semanas previstas no início já viraram 25 anos", brincou ela em uma entrevista.
"O Homem que Engarrafava Nuvens"
Em 2010, é lançado o filme "O Homem que Engarrafava Nuvens", que apresenta a história de uma das mais surpreendentes personalidades brasileiras: Humberto Teixeira o “Doutor do Baião”.
Produzido por Denise Dummont, filha de Humberto Teixeira, o filme conta a história do baião, envolvida com a de seu pai.
"O projeto nasceu entre 2000 e 2001, quando fui apresentada em Nova York a Ana, viúva de Tom Jobim, pela Luciana de Moraes, filha de Vinicius. Percebi como elas cuidavam e tinham consciência da obra de seus parentes. Fiquei com vergonha de não ter feito nada pela memória de meu pai. Todo mundo canta Asa Branca, mas nem todos sabem que se trata de uma parceria de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga", disse ela em uma entrevista.
Com fotografia de Walter Carvalho, direção musical de Guto Graça Mello e videografismos de Gringo Cardia e Fabio Arruda, "O Homem Que Engarrafava Nuvens" ganhou os prêmios de melhor roteiro, melhor som e ainda o prêmio Oscarito, da Câmara Municipal de Fortaleza, no 19º Cine Ceará, realizado em julho de 2009.
"A viagem foi uma descoberta de suas origens, do baião e de minha mãe. Meu pai era extremamente prolífico e eclético. Tinha um lado feminino, de fazer tudo ao mesmo tempo: estudou medicina, direito, compôs 400 músicas. Meu pai era doce e salgado, ele era nordestino, rígido e conservador”, disse Denise a respeito do pai e do filme.
Para Denise, o filme incluiu um outro desafio, este de ordem pessoal. Foi a sua produção, afinal, que lhe permitiu superar definitivamente algumas mágoas do passado, marcado por uma relação difícil com o pai e o afastamento, imposto por ele, de sua mãe, a atriz Margot Bittencourt. No filme, Denise tem uma conversa muito franca com a mãe - que morreu em 2007 - em que esclarece definitivamente questões sobre o difícil desquite entre os dois, depois do qual ela foi viver nos EUA com o novo marido, Luiz Jatobá. Advogado, Teixeira não permitiu à mãe levar a filha, que cresceu com ele no Brasil.
"Não sei se foi coragem ou necessidade. Quando se começa uma coisa assim, não dá para ficar no meio do caminho", explica Denise, ao ser perguntada sobre a dificuldade desta exposição de sua história familiar. Por isso, acrescenta, este filme é, para ela, "muito pessoal e intransferível".
Veja mais fotos de Denise Dummont em seu álbum no Site Por Onde Anda?
Fontes de Consulta: Site Teledramaturgia, Site João Carlos Barroso, O Globo, Portal Terra, Blog Fractais de Mim, O Povo online, Blog oficial "O Homem que Engarrafava Nuvens", UOL Cinema, Veja Rio, Site Adoro Cinema, Site Mulheres do Cinema Brasileiro, Portal IMDb, Portal Caras, Acervo Site Balaio do Carl Ole, Site Memória Globo, Canal Viva Fortaleza (YouTube), Site hajaluz.webluz.net, Blog Antonio Guerreiro, Istoé Gente, caju-precisodizerqueteamo.zip.net, Site Ego, Blog traditionaljazzband, Portal Vermelho.org.br
Que coisa esquisita. Por que alguns sites dizem que ela nasceu em Fortaleza e outros dizem que foi no RJ?
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