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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Retrospectiva 2009: Obituário - Leina Krespi



Morreu no Rio em 27 de maio de 2009, aos 70 anos, a atriz Leina Krespi.

Atriz de teatro, cinema e TV, Krespi sofria de câncer no esôfago e estava internada no hospital São Lucas, em Copacabana.

Leina Krespi ficou conhecida por seus papéis em novelas como "Cambalacho", "Guerra dos sexos" e "Roque Santeiro". Seu último trabalho na televisão foi em 1997, como a Nilda na novela "Zazá". No cinema, sua última participação foi no longa-metragem "A guerra dos Rocha", de 2008.

Leina deixa duas filhas, Georgia e Patricia. Em nota, a produtora teatral Lulu Librandi descreveu a amiga como uma "mulher de humor impecável, sempre alegre".





Fontes: O Globo online e G1.



Retrospectiva 2009: Obituário - Leila Lopes



A atriz Leila Lopes, de 50 anos, foi encontrada morta, por volta das 2 horas de 3/12/09, dentro de seu apartamento, num dos blocos do Condomínio Alto do Morumbi, em São Paulo.

Segundo o jornal Estado de São Paulo, PMs do 16º Batalhão foram acionados via 190 por uma suposta testemunha e, ao chegarem no local, encontraram a atriz já morta, no quarto.

Ao lado do corpo dela foram encontrados remédios antidepressivos, o que leva a polícia a trabalhar com a hipótese de overdose. Uma equipe dos bombeiros também foi até a residência e constatou parada cardiorrespiratória seguida de morte. Segundo a polícia, nenhuma marca de violência física teria sido encontrada no corpo de Leila.


Problemas de saúde

Neste ano, Leila Lopes teve problemas de saúde e precisou ser hospitalizada. No dia 20 de agosto, a atriz foi internada no Hospital São Luiz, no Morumbi, em São Paulo, com fortes dores na região do intestino. Durante os onze dias em que ficou hospitalizada, ela foi submetida a uma batelada de exames, mas os médicos não conseguiram chegar a um diagnóstico.

Só no dia sete de outubro, a atriz descobriu que a dor que ela sentia era causada por nódulo atrás do útero, que foi retirado treze dias depois em uma operação em São Paulo.


Carreira

Entre os principais trabalhos de Leila Lopes na TV estão as novelas "Pantanal", em 1990, quando interpretou Lúcia; "O Rei do Gado", em 1996, como Suzane; e "Renascer", em 1993, no papel da professorinha Lu.

A atriz, que nasceu em 1969 na cidade de São Leopoldo (RS), também fez um ensaio fotográfico para a edição de março de 1997 da Revista Playboy. A partir de 2008 entrou para o elenco da produtora de filmes pornográficos Brasileirinhas, com o filme "Pecados e Tentações".


Fonte: Ego.


Retrospectiva 2009: Obituário - Mara Manzan



A atriz Mara Manzan, de 57 anos, morreu de câncer no pulmão. no dia 13/11/09. Ela estava internada desde o dia 7/11, no Hospital Rios D’or, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, onde fazia tratamento. Sua última novela foi “Caminho das Índias”, como Ashima, uma indiana residente no Brasil.

Segundo o hospital, a doença estava em fase de metástase. Em abril de 2008, a atriz chegou a ser operada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para a retirada de um nódulo no pulmão. Dez anos antes, ela já havia retirado um tumor no útero.

A doença foi agravada, segundo ela mesmo dizia, por causa de um enfisema pulmonar causada pelo cigarro, que fumou durante 40 anos. Por causa do câncer, ela precisou deixar mais cedo a novela "Duas Caras", onde interpretava Amara, para ser operada, e depois, já em "Caminho das Índias", ficou algumas semanas afastada por causa da quimioterapia.

No último dia 5 de outubro, Mara escreveu um desabafo esperançoso em seu blog. “Hoje li uma frase do Neguinho da Beija-Flor que vale para todos nós: 'só da gente ter direito a vida, é o suficiente para viver sorrindo'. Quero morrer bem velhinha, ver meus netos grandes e trazendo alegria ao meu coração para meus queridos fãs que estiveram o todo o tempo do meu lado”, dizia a atriz.

Carreira

No mesmo site, ela conta que começou a carreira aos 17 anos, em São Paulo, no Teatro Oficina, na época dirigido por Luiz Antônio Martinez Correia. Além das novelas já citadas acima, Mara participou ainda de "A Viagem", "Salsa e Merengue", "Pecado Capital", "O Clone" e "Senhora do Destino".

Foi em "O Clone", que popularizou o bordão "Cada mergulho é um flash!". A atriz participou ainda de "Da Cor do Pecado", "Kubanacan", "Cobras & Lagartos", "Hilda Furacão" e alguns episódios do "Você Decide".

No cinema, fez "Sexo com Amor?", "Sambando nas Brasas, Morô?", "De Cara Limpa" e "Bonecas da Noite".


Fonte: G1.


Retrospectiva 2009: Obituário - Anselmo Duarte



Morreu na madrugada de 7/11/09, o ator e diretor de cinema Anselmo Duarte, de 89 anos, informa a assessoria de imprensa do Hospital das Clínicas em São Paulo. Duarte estava internado no hospital após ter tido um acidente vascular. A assessoria informou que iria apurar o caso para dar mais detalhes sobre a morte do ator e diretor.

Anselmo Duarte foi um dos mais prestigiados cineastas brasileiros. Com o filme “O pagador de promessas” (1962), ele foi premiado no Festival de Cinema de Cannes com a Palma de Ouro – a única concedida a um filme brasileiro.

A produção, baseada no texto de Dias Gomes e protagonizada por Leonardo Villar e Gloria Menezes, também concorreu a um Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro.

O filme, rodado em Salvador, é uma dura crítica à intolerância da Igreja e aborda a mistura de religiões no Brasil.O elenco também tem os atores Othon Bastos e Norma Bengell.

Além de diretor, Duarte também foi ator e roteirista de mais de 40 longas nacionais. Destaque para “O caçador de esmeraldas” (1979), “O marginal” (1974) e “Um certo capitão Rodrigo” (1971). Seu último trabalho no cinema foi como ator no filme “Brasa adormecida” (1987), de Djalma Limongi Batista, que também tem no elenco Maitê Proença, Edson Celulari e Sérgio Mamberti.


Fonte: G1


Retrospectiva 2009: Obituário - Emil Rached



Morreu no dia 15 de outubro de 2009, em Campinas (SP), o ex- jogador Emil Rached, o "gigante" do basquete brasileiro - tinha 2,20 metros de altura. Além da carreira esportiva, ele ficou conhecido pela sua participação em programas humorísticos da tevê e em filmes.

Natural de Vera Cruz, também no interior de São Paulo, Emil Rached tinha 66 anos e estava internado no Centro Médico de Campinas há 10 dias, depois de sofrer uma embolia pulmonar. Na manhã desta quinta-feira, ele sofreu quatro paradas cardíacas antes de morrer.

Ele jogou basquete profissionalmente entre 1964 e 1980. Começou no Palmeiras e defendeu também Botafogo e Corinthians, entre outros. Na seleção brasileira, foi medalhista de bronze no Mundial do Uruguai (1967) e de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Cali (1971).

Apesar dos 18 jogos disputados com a camisa da seleção brasileira de basquete, em que marcou um total de 114 pontos, Emil Rached ficou conhecido do grande público após a sua aposentadoria das quadras, quando interpretou o "gigante" no programa "Os Trapalhões".

Na televisão, seu papel de gigante mal-humorado e desajeitado entusiasmava o público. No cinema, ele participou dos seguintes filmes: O Trapalhão nas minas do Rei Salomão (1977), Os trapalhões na guerra dos planetas (1978) e As Aventuras de Mário Fofoca (1982).


Fonte: O Estado de São Paulo


Retrospectiva 2009: Obituário - Maria Sílvia



A atriz Maria Sílvia, de 65 anos, morreu em 27/07/2009. No início do ano, a paulistana descobriu um câncer no pulmão, mas perdeu a batalha contra a doença. O velório e o enterro aconteceram esta segunda-feira à tarde, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.

O último trabalho da atriz na TV foi como a Miriam da novela "Chamas da vida", exibida até abril deste ano pela Record, emissora para a qual ela trabalhava desde 2006 e estava com contrato em vigor. No mesmo canal Maria Sílvia fez ainda "Vidas opostas" e "Mutantes - Caminhos do coração".

Maria Silvia Correa Moreira começou a carreira artística no fim da década de 60, no teatro. Em 1973, ela estreava no cinema, em "Joanna Francesa", sob a direção de Cacá Diegues. Mas a consagração na Sétima Arte veio em sua segunda produção, "Perdida" (1976), do mineiro Carlos Alberto Prates Correia. No filme, Maria Silvia é Estela, moça simples que se prostitui. A partir daí, a atriz virou musa do cineasta, atuando em todos os seus filmes, como "Cabaret mineiro", "Noites do sertão" e "Minas-Texas". Com extensa filmografia, a atriz atuou em mais 28 filmes, de diretores renomados, como Ruy Guerra, Paulo César Saraceni, Arnaldo Jabor e Walter Lima Jr. O último foi "Desejo" (2005), de Anne Pinheiro Guimarães.

Maria Sílvia estreou na TV no fim da década de 70, já consagrada no cinema e no teatro. Sua primeira novela foi "O astro" (1977), na TV Globo. Trabalhou depois na extinta TV Manchete em "Olho por olho", "Kananga do Japão" e "A história de Ana Raio e Zé Trovão". De volta à Globo, atuou em "Memorial de Maria Moura" (1994), "Torre de babel" (1998), "Brava gente" (2000), "Chocolate com pimenta" (2003), "Alma gêmea" (2005 e que será reprisada a partir de agosto na Globo) e "Páginas da vida" antes de se mudar para Record.


Fonte: O Globo online.


Retrospectiva 2009: Obituário - Sérgio Viotti



O ator Sérgio Viotti, de 82 anos, morreu no dia 24 de julho de 2009, em São Paulo, vítima de uma parada cardiorrespiratória. Viotti estava internado no hospital desde o dia 19 de abril.

Sérgio Viotti nasceu na cidade de São Paulo, no dia 14 de março de 1927. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1945, planejando inicialmente ingressar na carreira diplomática. Porém a pretensão de trabalhar no Itamarati foi deixada de lado após Viotti passar a frequentar círculos sociais da então capital brasileira frequentados por artistas e músicos. Estreia como ator no ano de 1949, com a peça L'Apollon du Marsac.

No mesmo ano de sua estreia, Viotti passa à fazer teatro de bonecos, adaptando cenas de Shakespeare e apresentando para crianças. Após isso muda-se para Londres, onde se estabelece até o ano de 1958. No período em que morou na capital inglesa, Viotti atuou em diversas áreas: trabalhou na rádio BBC, escreveu críticas de dança e ópera e dirigiu três monólogos no Arts Theater Club.

De volta ao Brasil, inicia sua carreira de ator profissional em 1961 com a peça O Contato, atuação que lhe rendeu o prêmio de ator revelação da Associação Brasileira de Críticos Teatrais. No mesmo ano vê sua primeira peça, Lua Cheia, ser encenada. A partir daí se estabelece como um dos grandes nomes do teatro brasileiro, dirigindo, atuando e escrevendo peças.

Sua carreira na televisão começou no ano de 1986, e desde então não parou de fazer novelas, tendo atuado em diversos sucessos de público como Sinhá Moça, Meu Bem Meu Mal, Os Maias e A Casa das Sete Mulheres. Seu último trabalho na televisão foi em 2007, na novela Duas Caras.

Sérgio Viotti também se mostrou muito profícuo no mundo das letras. Foi crítico de teatro, dança e ópera do Estado de S. Paulo entre os anos de 1969 e 1971. Desempenhou a mesma função no Jornal da Tarde entre os anos de 1976 e 1983. Em 1991 publicou o livro Dulcina - Primeiros Tempos, biografia da atriz Dulcina Morais.


Fonte: O Estado de São Paulo.


Retrospectiva 2009: Obituário - Duse Naccarati



Duse Naccarati morreu no dia 23/07/2009, no Rio de Janeiro, aos 67 anos. A atriz participou da novela global Negócio da China no papel de Tia Saudade.

Duse se consagrou fazendo papéis humorísticos no teatro ao lado de atores como Miguel Falabella.

O velório de Duse será realizado na Capela 7 do São João Baptista, no Rio, nesta sexta-feira (24). A cremação será realizada no domingo (26) no carioca Cemitério do Caju.

Nascida no dia 22 de junho de 1942, em Cataguases, Minas Gerais, Duse fez uma participação especial na peça A Falecida, em cartaz no SESC Teresópolis.

Duse Naccarati tinha em seu currículo muitas peças. Participou de diferentes montagens de Beijo no Asfalto, uma em 1967 a outra em 2001. Atuou na versão de Luiz Artur Nunes para Vestido de Noiva, estrelado por Malu Mader, e fez A mulher Sem Pecado, na década de 70.

Obras no cinema
Elvis & Madona - 2008
O Grande Mentecapto - 1989
Com Licença, eu Vou à Luta - 1986
Romance de Empregada - 1987
Vento Sul - 1986
Areias Escaldantes - 1985
Bete Balanço - 1984

Obras na TV
Desejos de Mulher - 2002
Brava Gente - 2001
Você Decide - 1992
Cambalacho - 1986
Corpo a Corpo - 1984
Sol de Verão - 1982
Chico Anysio Show (1982)


Fonte: Terra.


Retrospectiva 2009: Obituário - Francarlos Reis



O ator Francarlos Reis foi encontrado morto em 8/4/09 em seu apartamento em São Paulo.

Nascido em Piracicaba em 1941, Reis notabilizou-se pelo seu trabalho no teatro, começando com sua atuação no musical “Hair” em 1970. Entre outras peças estreladas pelo ator estão “Medeia” e “O inspetor geral”. No cinema, Francarlos atuou em “Onde andará Dulce Veiga?”, filme de Guilherme de Almeida Prado baseado no livro homônimo de Caio Fernando Abreu.

Nos últimos anos voltou a trabalhar em musicais, como “My fair lady” e “West Side story”. Ele integrava o elenco de “A noviça reblede”, no papel de Max Detweiler. O musical, em cartaz no Teatro Alfa em São Paulo, não terá sua temporada interrompida – Francarlos foi substituído por Sandro Christopher.


Fonte: G1.

Retrospectiva 2009: Obituário - Isolda Cresta



Faleceu em 04/04/2009, de infarto, a atriz Isolda Cresta, no Hospital do Carmo. Isolda tinha 79 anos e deixou uma filha, quatro netos e três bisnetos. Nascida Isolda da Costa Pinto, a atriz teve importante participação na vida teatral carioca, tendo trabalhado com nomes como Paulo Autran e Procópio Ferreira.

Isolda Cresta participou ainda de diversas novelas como "O Bem Amado". Se orgulhava por ter tido importante participação na resistência dos artistas à repressão do regime militar pós-64.

Para o autor Gilberto Braga, a atriz era muito querida por toda classe:

- Ele era uma boa amiga.

A atriz participou de importantes trabalhos, como as peças "Gota d´água", "Bocage", "Electra", "Romanceiro da Inconfidência", "O burguês fidalgo"; e os filmes "Viagem aos seios de Duilia", "Os Inconfidentes", "A Rainha Diaba", "O segredo da rosa", "A noiva da cidade" e "O Homem da Capa Preta".

Na TV participou ainda de "Pecado capital", "Capitães de areia", "O feijão e o sonho", "Duas vidas", entre outras novelas.


Fonte: O Globo online.




Retrospectiva 2009: Obituário - Ankito



Morreu no dia 30/03/09, o comediante Ankito, um dos grandes nomes do período do cinema brasileiro conhecido como chanchada. O ator paulista tinha 85 anos e perdeu a batalha que travava contra um câncer no pulmão.

Nascido Anchizes Pinto em São Paulo no dia 26 de fevereiro de 1924, Ankito tinha o circo nas veias. Seu pai era o palhaço Faísca. O tio, o palhaço Piolim. Aos 7 anos, não teve jeito, e o menino estreava no circo, no perigoso globo da morte.

Com a experiência no circo, aos 18 anos, Ankito passou a participar de shows, como acrobata, no Cassino da Urca. Numa noite, o ator principal não pôde comparecer e Ankito acabou o substituindo por acaso. Fez muito sucesso e acabou permancendo no elenco principal da montagem.

No fim dos anos 40 e já com carreira consolidada no teatro, ele contracenou com Grande Otelo no show "Bahia mortal".

Em 1952, Ankito foi convidado para estrear no cinema. De início seria apenas uma pequena participação em três dias de filmagem de "É fogo na roupa", mas, como sempre, ele roubou a cena, e acabou ganhando uma participação maior no projeto, rodando 39 dias, e faturando o primeiro lugar nos créditos do longa-metragem.

Ao todo, Ankito protagonizou 56 filmes, todos sucesso de bilheteria, como "Três recutas", "Marujo por acaso", "Rei do movimento", "O grande pintor", "Angu de caroço", e "Metido a bacana", onde a dupla Ankito e Grande Otelo apareceu pela primeira vez no cinema, numa parceria de sucesso.

Sua carreira na TV é marcada por programas humorísticos. Trabalhou nas redes Tupi, Record, Bandeirantes e Globo. Na emissora do Jardim Botânico, além de participações nos programas de humor, ele atuou nas novelas "Gina", com Christiane Torloni; "Marina", com Edson Celulari, "A sucessora", de Manoel Carlos, e "Alma gêmea", como o personagem Falecido, em 2005. Um ano depois, ele fez sua última aparição na TV, uma participação na série "Carga pesada" como Ivanildo no episódio "Mata o véio, mata!".


Fonte: O Globo online.


Retrospectiva 2009: Obituário - Renato Consorte



Morreu na tarde de 26/01/09, o ator paulistano Renato Consorte, de 84 anos. Ele perdeu a luta contra um câncer na próstata.

Consorte teve papéis de destaque na televisão, como o Chalita da novela "Tieta". Sua última aparição na TV foi uma participação na trama "Bang Bang" como o padre Jeremy Hacker, no início de 2006.

Ele estreou no cinema em 1950 e somou mais de 40 filmes no currículo, entre eles "O bandido da luz vermelha", "Eles não usam black-tie" e "Rio 40 graus". Seu último filme foi "O homem que desafiou o diabo", de Moacyr Góes, no qual ele intepretou Turco, em 2007.

Biografia

Renato Consorte, filho de italianos, nascidos na região dos Abruzos, sonhava fazer Medicina mas acabou cursando a Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Acabou fazendo parte da "Caravana Artística XI de Agosto", da Faculdade, viajando por todo o interior, cantando e representando.

Através de Inezita Barroso e Maurício Barroso é indicado para um teste no TBC e estréia em 1949, na peça "A Noite de 16 de Janeiro". Em 1949 participa da formação da Companhia Cinematográfica Vera Cruz onde começa como gerente de produção e se torna depois um de seus principais atores.

A estréia no cinema é em 1950 na produção "Caiçara" ao lado de Eliane Lage, Mário Sérgio e Abílio Pereira de Almeida. Já participou de cerca de 40 filmes, sendo 18 deles na Vera Cruz. Alberto Guzik destaca a participação de Consorte em O Grande Momento de Roberto Santos.

Na televisão fez programas humorísticos como "Família Trapo" e algumas novelas como "Papai Coração" na TV Tupi; "A História de Ana Raio e Zé Trovão" na TV Manchete e "O Primo Basílio", "Tieta" e "Bang bang" na Rede Globo. Participou de um quadro humorístico duradouro com Walter D'Ávila na TV Rio.

No teatro participou ainda de Roda Viva de Francisco Buarque de Hollanda peça que marcou o teatro brasileiro por sua inovação estética e também pela invasão do Comando de caça aos comunistas. Segundo o crítico Alberto Guzik, Renato tinha um grande tempo para a interpretação da comédia. Renato, como ator de Gota D'Água participou ativamente da jornada de teatro pela anistia, em São Paulo em maio de 1977, quando todos os teatros abriram gratuitamente pela anistia e fim da tortura no Brasil, face a prisão de Celso Brambilla, Márcia Bassetto Paes, José Maria de Almeida e outros operários presos no primeiro de maio no ABC.

O sobrenome Consorte e o desastre de avião

Renato Consorte participou inesperadamente de um fato inusitado, mas que foi acompanhado por toda população brasileira da época, via televisão e rádio. Em 1963 um avião cai na Avenida Indianópolis, perto do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo matando todos os tripulantes e passageiros. Renato Consorte foi o único sobrevivente, estando por vários dias com a vida por um fio. Felizmente, depois de dias de tratamento, recebe-se a notícia de seu pleno restabelecimento, após ter o corpo quase todo queimado. Conta-se que o Consorte de seu sobrenome se deve a este fato.

Trechos de depoimentos de Renato Consorte sobre sua participação política

Sempre fiz política, lutei pela liberdade de expressão, pela abertura do campo de trabalho para os atores, pela anistia, pelo direito de voto. Combati a ditadura, o regime militar. (…) Na época da repressão, eu aproveitava o teatro para fazer política. Quando o coronel Erasmo Dias invadiu a PUC, eu fazia os Saltimbancos no Tuca - aliás, fui o único ator do mundo que fez duas peças do mesmo autor, o Chico Buarque, no mesmo dia, porque eu entrava em Gota DAgua à noite. Meu papel era de um jumento, então eu disse em cena: - Eu sou um jumento. (…) Era o governo do João Figueiredo, eu dizia: - Com os equinos, agora, nós não subimos escada, subimos rampa. A censura me chamou no ato.

Pela parte que me toca: Fui preso na rua, no dia do meu aniversário de casamento (31/1/69), por três tenentes do exército, sendo que, um deles, reconheci como participante das nossas assembléias. Este, depois de me dar voz de prisão, me levou, dentro de um jipão com mais 10 soldados fortemente armados, para o quartel do REC-MEC no Ibirapuera. Chegando lá, fui entregue a a dois majores: um muito boçal que disse ter-me visto no teatro "fazendo papel de gorila". Isso tinha sido na peça de Plínio Marcos, "Verde que te quero verde", em que eu fazia um gorila com uniforme do exército e censurava tudo quanto era texto, rasgando e riscando, isto sem falar em muitos outros detalhes incluídos com intuito de desmoralizar os censores da época. Esse major me martirizou muito, mentalmente, tentando me atemorizar.

O outro major, de nome Beltrão, me tratou delicadamente, se dizendo meu admirador desde o tempo em que eu trabalhava no Rio, e fazia questão de me tratar por SENHOR e acrescentava sempre: "o senhor vê que eu o trato com educação". Eu soube, depois, que esse major matava os nosso companheiros, dando-lhes um tiro na nuca. Naturalmente, antes de atirar ele devia pedir "licença" ao sacrificado. Ele me perguntou, entre tantas coisas, o que eu achava do CCC. Me fazendo de ingênuo, eu disse que "se tratava de um grupo de estrangeiros com o intuito de lançar brasileiros contra brasileiros". Ao que ele observou, espantado: "Não, senhor Roberto! Eles são daqui do nosso quartel mesmo!". Aquele major boçal chegou a me dizer: "O exército brasileiro, senhor Renato Consorte, está com o senhor por aqui". E fez aquele gesto tocando na testa. Pensei comigo: "quanta honra". E basta, porque o meu sistema nervoso se descontrolou.


No Teatro

* 1959 O Mambembe de Arthur Azevedo. Direção Gianni Ratto. Teatro Municipal RJ - Cia. Teatro dos 7 (RJ) com Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Sérgio Brito, Zilca Salaberry.
* O Inventor de Cavalo
* Arena Conta Tiradentes - Teatro de Arena de São Paulo
* O Líder
* Verde Que Te Quero Verde – Episódio da Primeira Feira Paulista de Opinião de Plínio Marcos dir. Augusto Boal. Teatro Ruth Escobar (SP), 5/6/1968.
* Barrela de Plínio Marcos
* Arena Conta Bolívar - Teatro de Arena de São Paulo
* Participou da excursão do Teatro de Arena a Nova York, Lima, Buenos Aires e Cidade do México com Arena Contra Bolivar de Augusto Boal, com Lima Duarte
* 1977 Gota D'Água de Chico Buarque de Holanda, com Bibi Ferreira.


Na Televisão

* 1964 Prisioneiro de um Sonho - Barros
* 1966 Eu Compro Esta Mulher - João
* 1967 O Tempo e o Vento - Padre Lara
* 1970 O Meu Pé de Laranja Lima - Padre Juca
* 1971 Meu Pedacinho de Chão
* 1973 A Volta de Beto Rockfeller
* 1973 O Conde Zebra
* 1976 Papai Coração - Padre Bernardo
* 1979 Dinheiro Vivo
* 1985 O Tempo e o Vento - Padre Romano
* 1988 O Primo Basílio - Vicente Azurara
* 1989 Tieta - Chalita
* 1990 A História de Ana Raio e Zé Trovão - Comendador
* 1999 Você Decide
* 2004 Sob Nova Direção
* 2005 Bang Bang - Padre Jeremy Hacker


No Cinema

* 1950 - Caiçara
* 1951 - Ângela
* 1951 - Terra É sempre Terra
* 1952 - Apassionata
* 1952 - Sai da Frente
* 1952 - Tico-Tico no Fubá
* 1952 - Veneno
* 1953 - Esquina da Ilusão
* 1953 - Família Lero-Lero
* 1953 - Sinhá Moça
* 1954 - É Proibido Beijar
* 1954 - Floradas na Serra
* 1954 - Na Senda do Crime
* 1955 - Rio 40 Graus
* 1957 - A Baronesa Transviada
* 1957 - Osso, Amor e Papagaios
* 1959 - Garota Enxuta
* 1959 - Um Caso de Polícia
* 1961 - Ladrão em Noite de Chuva
* 1962 - Os Mendigos
* 1964 - Pluft, o Fantasminha
* 1968 - Cristo de Lama
* 1968 - O Bandido da Luz Vermelha
* 1974 - Gente que Transa
* 1976 - Sabendo Usar Não Vai Faltar
* 1979 - Ato de Violência
* 1979 - O Coronel e o Lobisomem
* 1979 - O Menino Arco-Íris
* 1980 - Curumim
* 1981 - Eles Não Usam Black-Tie
* 1984 - Cavalinho Azul
* 1984 - O Baiano Fantasma
* 1986 - Sonho Sem Fim
* 1987 - Os Trapalhões no Auto da Compadecida
* 1991 - Sua Excelência, o Candidato
* 1994 - Sábado
* 2005 - Cafundó .... ministro
* 2005 - O Casamento de Romeu e Julieta .... Imparato
* 2006 - Boleiros 2
* 2007 - O Homem que Desafiou o Diabo



Fontes de Consulta: O Globo, G1, Wikipédia, Blog do crítico teatral Alberto Guzik, Folha de São Paulo - nota sobre a carreira do ator, Depoimento de 1999 sobre participação política à Fundação Perseu Abramao, BOAL, Augusto. O que pensa você da arte de esquerda? In: PRIMEIRA Feira Paulista de Opinião. (Programa). São Paulo, 1968. Acervo AMM da Divisão de Pesquisas - Idart /CCSP, Enciclopédia Itaú Cultural, verbete Primeira Feira Paulista de Opinião, IMDb,