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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Arquivo: Leina Krespi em "O Minotauro" (Sítio do Picapau Amarelo)



Arquivo: Leina Krespi como Aspásia, a mulher de Péricles (Jorge Cherques) no episódio "O Minotauro" (1978) do Sítio do Picapau Amarelo (TV Globo). No episódio, Leina (1938 - 2009) contracenou com Zilka Salaberry (1917 - 2005), a Dona Benta.











Daniel Lobo, ex-Pedrinho do Sítio: no palco e em CD



De papeis rabiscados e amassados, nasceram poesias. E da mistura desses textos com música surgiu o CD ‘Amantes do Girassol’, que o ator Daniel Lobo , que viveu o Pedrinho do Sítio do Picapau Amarelo da TV Globo nas temporadas de 1985 e 1986, lança simultaneamente à estreia do espetáculo homônimo, no Teatro do Centro Cultural da Justiça Federal, na próxima sexta-feira. Para interpretar os versos do álbum, ele convidou feras da teledramaturgia, como Reynaldo Gianecchini, Paulo Goulart, Mariana Ximenes e José Mayer.

"Trabalhei com eles na novela ‘Esperança’ e todos me incentivaram a realizar este projeto”, conta o ator. Para cada intérprete, um poema especial. “Pensei no que a voz e a imagem de cada um representava. José Mayer tem fama de galã, por isso ofereci ‘Gato Escaldado’, que conta a história de um homem desprezado pela mulher a mada”, diverte-se Daniel, entregando o amigo: “Ele me contou que já levou muitos foras”.

No ‘making of’ da gravação do CD, que também tem versão multimídia, o intérprete do Marcos de ‘Viver a Vida’ assume: “A causa é boa, o poema, interessante, e amar vale a pena. Errar vale a pena e esperar até 3h da manhã a ligação de alguém, também”.


Já Mariana Ximenes interpreta, ao lado de Paulo Goulart, a poesia erótica ‘Anatomia de Sensações’. “Queria uma mulher com voz de ninfeta e um homem experiente. Achei inusitado juntar os dois. Eles adoraram”, revela Daniel, que, na peça, encena os versos acompanhado pelo piano de José Carlos Assis Brasil. “É um espetáculo mágico, em que a palavra se entrelaça perfeitamente com o som”, orgulha-se o pianista.

Reynaldo Gianecchini empresta sua voz para a faixa-título do álbum, ‘Amantes do Girassol’, orquestrada por Wagner Tiso. “A poesia pedia uma pessoa doce e é isso que Gianecchini é”, elogia Daniel. Nos versos entoados pelo galã, o desejo do poeta concretizado. “Quero fazer uma obra-prima. O verso puro de apenas ser. E viver”...


Fonte: O Dia - 22/02/10.



sábado, 7 de novembro de 2009

O triste fim do Sítio do Picapau Amarelo





Visitar o local onde eram gravadas as cenas do "Sítio do Picapau Amarelo", de 1977 a 1986, em Barra de Guaratiba, é fazer uma melancólica viagem ao passado. Em vez do belo sol nascente, dos rios de prata e do voo sideral pela mata, descritos na canção de Gilberto Gil que ficou eternizada como tema de abertura da série, as imagens são de abandono e vandalismo. Uma fonte de água se transformou em depósito de aparelhos de TV velhos, a entrada da caverna de Cuca virou lama e o varandão de Dona Benta é só lixo e limo.

Para entrar no sítio, é preciso vencer um caminho cheio de lama e mato. O cenário piora à medida em que se avança. As paredes laterais do casarão estão pichadas e a pintura, envelhecida. A estrutura que cobria a varanda já não existe, deixando o imóvel bastante exposto às chuvas. A maioria das janelas não tem mais vidros. Em seu lugar, há tábuas de madeira sobrepostas.

Os azulejos de cor laranja na entrada da casa e a janelinha no alto, próxima ao telhado, são os detalhes que sobraram da pomposa estrutura montada pela Rede Globo nos anos 70. Na época, a emissora alugou o imóvel e o remodelou para que tivesse as características descritas por Monteiro Lobato em sua obra.

Atualmente, vive no local um senhor chamado Nivaldo da Cruz, de 70 anos. Ele conta que o pai, já falecido, alugou o local para as filmagens.

— Hoje, não tenho dinheiro para cuidar da casa — diz.

Segundo os vizinhos, depois do falecimento dos proprietários, os filhos não se interessaram pela manutenção do imóvel. Eles contam ainda que o local já foi invadido por desabrigados da região, que só aumentaram sua deterioração.


Local que serviu de cenário para filmagens do programa da TV Globo entre 1977 e 1986 virou sinônimo de abandono, sujeira e vandalismo

Belo sol nascente, rios de prata, voo sideral pela mata, país da fantasia... Difícil esquecer as imagens descritas por Gilberto Gil na canção “Sítio do Picapau Amarelo”, eternizada como tema de abertura de uma das séries de maior sucesso da televisão brasileira.

Porém, os belos cenários que marcaram as travessuras de Narizinho, Pedrinho e Emília na primeira versão transmitida pela Rede Globo, entre 1977 e 1986, hoje só existem nas lembranças de quem assistiu a algum dos mais de 60 episódios dessa fase. No sítio onde era gravada a maioria das cenas, em Barra de Guaratiba, uma fonte de água se transformou em depósito de aparelhos de TV velhos. A entrada da caverna de Cuca virou lama. E o varandão de Dona Benta é só lixo e limo.




Fãs lamentam e sonham com restauração

Para entrar no sítio, é preciso vencer um caminho cheio de lama e mato. O cenário piora à medida em que se avança. As paredes laterais do casarão estão pichadas e a pintura, envelhecida. A estrutura que cobria a varanda já não existe, deixando o imóvel exposto às chuvas.

A maioria das janelas não tem mais vidros. Em seu lugar, há tábuas de madeira sobrepostas.
Os azulejos de cor laranja na entrada da casa e a janelinha no alto, próxima ao telhado, são os detalhes que sobraram da pomposa estrutura montada pela Rede Globo nos anos 70. Na época, a emissora alugou o imóvel e o remodelou para que tivesse as características descritas por Monteiro Lobato em sua obra.

Para isso, foi necessário construir curral, galinheiro e pomar, além da casa do Tio Barnabé.
Atualmente, vive no local um senhor chamado Nivaldo da Cruz, de 70 anos. Ele lembra que o pai, já falecido, alugou o local para as filmagens.

— Hoje, não tenho dinheiro para cuidar da casa — diz.

Segundo os vizinhos, depois do falecimento dos proprietários, os filhos não se interessaram pela manutenção do imóvel.

Eles contam ainda que o local já foi invadido por desabrigados da região, que só aumentaram sua deterioração.

O jornalista Carlos DeLaet e a psicóloga Katherine Lima lideram um movimento na internet para tentar restaurar o imóvel.

Eles procuram alternativas para resgatar os belos detalhes do local em parceria com empresários e os atuais donos. A comunidade do “Sítio do Picapau Amarelo” no Orkut tem mais de 12 mil membros. O tópico sobre a péssima situação do local tem 382 comentários.

— Tenho o sonho de ir lá. Pode estar caindo aos pedaços, mas é o “Sítio” que vi na minha infância — diz Gláucio Alberto, em um comentário na rede.

Maria José Galdino teve a oportunidade de conhecer bem o sítio. Ela, que trabalha num restaurante perto do imóvel, guarda um vaso usado no programa, no qual chegou a trabalhar como figurante.

— Até hoje as pessoas me perguntam sobre o sítio. Um casal de São Paulo veio aqui só para tirar fotos — informa.

Vera Lúcia da Silva, moradora do bairro há quatro décadas, conta, orgulhosa, que seu filho também atuou como figurante do “Sítio do Picapau Amarelo”: ele participou do episódio “Circo de cavalinhos”.

— Na época, eu tinha um restaurante por aqui, que vivia cheio de atores e produtores — diz Vera, com saudade.



Quem também se lembra do período com carinho é a atriz Lucinha Lins, que fez uma participação no “Sítio do Picapau Amarelo” como Rapunzel: — Foi uma época inesquecível.
Lembro de ter conhecido o local. Era encantador, verdadeiro. É uma pena que tenham perdido o interesse pelo espaço.

Para o ator Tonico Pereira, intérprete do Zé Carneiro, o sítio de Barra de Guaratiba tinha “ares mágicos”: — O clima era maravilhoso. Lembro que fiz uma casinha de chocolate para minha filha que era igual à do sítio. O lugar tinha um ar doce — afirma o ator, que gostaria de ver o local aberto à visitação.

Morador da área, Matheus Calixto, de 13 anos, não viu o programa de TV, mas sabe as histórias do passado.

— Escolas organizavam passeios ao sítio. Seria ótimo isso acontecer outra vez — diz.





“É uma pena que se tenha perdido o interesse pelo espaço”

LUCINHA LINS
Atriz

“O clima nas gravações era maravilhoso. O sítio tinha um ar doce ”
TONICO PEREIRA
Ator



Por Anna Luiza Santiago
O Globo Zona Oeste - 10/10/09

Homenagem a Dirce Migliaccio (1933 - 2009)



Homenagem a Dirce Migliaccio (1933 - 2009)


Dirce Migliaccio
nasceu em São Paulo, em 30 de setembro de 1933. É irmã do também ator Flávio Migliaccio.



Estreou no teatro ao lado do irmão, em 1958, no papel de Terezinha em "Eles Não Usam Black-Tie". de Gianfrancesco Guarnieri, e com direção de José Renato, no Teatro de Arena de São Paulo.

No teatro atuou também em "Quatro num Quarto" (1967), "Dr.Knock" (1974), "Vestido de Noiva" (1976), "As Preciosas Ridículas" (1979), "As Tias do Mauro Rasi" (1996), "O Jardim das Cerejeiras" (2000), "Astro por um Dia" (2003).



Trabalhou em seu primeiro filme em 1962, sob a direção do irmão Flávio Migliaccio, em "Os Mendigos". No mesmo ano atuou no clássico de Roberto Farias "O Assalto ao Trem Pagador".

Em 1965 atuou na produção sueco-brasileira "Mitt Hem Är Copacabana", de Anne Sucksdorf. Em 1966 trabalhou na comédia de Victor Lima "Cuidado, Espião Brasileiro em Ação".

A partir de 1965 atuou em diversas novelas da extinta TV Tupi: "Paixão de Outono" (1965), "Nino, o Italianinho" (Nena), "Toninho on the Rocks" (1970), "A Selvagem" (1971) e "A Fábrica" (Maria).



Em 1973 integrou o elenco de um grande clássico da televisão brasileira, a telenovela "O Bem Amado", escrita por Dias Gomes. Na novela ela vivia uma das famosas irmãs Cajazeiras, Judicéia.

As irmãs Cajazeiras Dorotéia (Ida Gomes), recalcada e geniosa; Dulcinéia (Dorinha Duval), de temperamento romântico e submissa; e Judicéia (Dirce Migliaccio), a mais nervosa, eram três solteironas hipócritas e sexualmente reprimidas, que ajudavam o prefeito Odorico Paraguassu em suas tramóias.



Em 1975, a Globo e a TVE do Rio de Janeiro fizeram em parceria o seriado "Pluft, o Fantasminha" - com Dirce Migliaccio no papel de Pluft -, obra de Maria Clara Machado.

Em seguida voltou ao cinema para atuar em "Nem os Bruxos Escapam" (1975), de Valdi Ercolani, "O Caçador de Fantasma", de Flávio Migliaccio (1975), "Guerra Conjugal" (1975), de Joaquim Pedro de Andrade, "O Roubo das Calcinhas" (1975), de Sindoval Aguiar e Braz Chediak, e "Padre Cícero" (1976), de Helder Martins de Soares.


Em 1977, retornou à televisão para marcar época como a primeira Emília do seriado "Sítio do Picapau Amarelo" da TV Globo.

De 1980 a 1985 voltou a viver Judicéia Cajazeira no seriado "O Bem Amado".


Depois do fim da série, Dirce atuou no cinema, em filmes como "Baixo Gávea" (1986), de Haroldo Martinho Barbosa; "Simão, o Fantasma Trapalhão" (1988), de Paulo Aragão; e "Buffo e Spallanzani" (2001), de Flávio R. Tambelini.



Na TV, atuou ainda nas novelas "Marron Glacé", "A Gata Comeu", "Quem é Você" e "Da Cor do Pecado".


A atriz também trabalhou em Sai de Baixo, A Comédia da Vida Privada, Você Decide, Brava Gente e na microssérie "Pastores da Noite" (2002).

Em 2000, Dirce participou do premiado curta de Gisella de Mello, “Célia & Rosita”, em que protagoniza ao lado de Cleyde Yáconis.


Em 2004, durante a gravação de um especial da TV Globo, ela teve um encontro com a atriz Isabelle Drumond, que na época interpretava a irreverente boneca de pano Emília.

No longa 'Sem Controle' (2007), estrelado por Eduardo Moscovis, Dirce fez o papel de Dona Iolanda, funcionária de um hospício.



Também em 2007, ela atuou em "Xuxa em Sonho de Menina", no qual interpretou a "Vozinha".

Em setembro de 2008, Dirce sofreu um acidente vascular cerebral, que debilitou sua saúde e a colocou em uma cadeira de rodas. Desde então, ela vivia no Retiro dos Artistas, no Rio.

Em 22 de setembro de 2009, Dirce Migliaccio morre, aos 76 anos, no Rio de Janeiro. Ela estava com pneumonia e uma infecção urinária.A atriz havia sido internada com pneumonia no dia 8 de setembro na enfermaria do Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, mas foi transferida para o Hospital Municipal Álvaro Ramos. Em abril de 2009, Dirce foi hospitalizada depois de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

A atriz foi sepultada no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.

O ator Flávio Migliaccio, irmão da atriz, relembrou, no velório, que ele foi o responsável pela estreia dela nos palcos. “Eu ia fazer ‘Eles não usam black tie’, em São Paulo, e o diretor me disse que precisava de uma menina na montagem. Aí eu levei a Dirce e tudo começou lá”.

O ator Milton Gonçalves, que conhecia Dirce havia 50 anos, afirmou que o país perdeu uma guerreira: “Ser ator é uma batalha diária. Ser um ator mais velho é uma batalha dupla. Nós travamos uma verdadeira guerra pela sobrevivência através da nossa profissão”.

O ator Emiliano Queiroz, visivelmente emocionado, e que trabalhou com a atriz na novela O Bem Amado, em 1973, falou sobre o tamanho da perda dela para o mundo das artes: “A Dirce era uma grande atriz de teatro, cinema e TV. Tudo o que ela fazia era muito bem feito. Ela era uma grande amiga. Nós nos conhecemos no começo da TV Globo, em 1965, e essa amizade durou até o Retiro dos Artistas, quando eu a visitei duas vezes. Eu perdi uma amiga e uma colega brilhante”.

Tony Ramos, que teve o último contato profissinal com a atriz nas gravações do filme "Bufo e Spalanzani", de 2001, pediu que a memória dela não seja esquecida: "Eu quero lembrar das alegrias que ela nos deu. Era uma atriz de comunicação absoluta com seu público, e de biografia riquíssima", disse ele.

Já o ator Tonico Pereira, que contracenou com Dirce no "Sítio do Picapau Amarelo", falou sobre a importância da atriz para a sua carreira: "Os atores precisam de referências na sua formação. A Dirce era uma das minhas principais referências", contou ele.



Veja mais fotos de trabalhos de Dirce Migliaccio:


"Eles não usam Black-Tie"


"O Rei da Vela"


"Dr.Knock"


"Quatro num Quarto"


Em Cena


Pluft - O Fantasminha


"O Bem Amado" (Novela)


"O Bem Amado" (Novela)


"As Preciosas Ridículas"


Emília do Sitio do Picapau Amarelo


Sitio do Picapau Amarelo


Sitio do Picapau Amarelo


"Marron Glacê"


"O Bem Amado" (Seriado)


"O Bem Amado" (Seriado)


"O Bem Amado" (Seriado)


Com Ida Gomes no carnaval 1983


"A Gata Comeu"


"As Tias do Mauro Rasi"


"Os Ratos do Ano 2030"


Dirce Migliaccio


Dirce Migliaccio


Flávio e Dirce Migliaccio



"Célia e Rosita"


Brava Gente


"Pastores da Noite"


"Astro por um Dia"


"O Jardim das Cerejeiras"


Comédia da Vida Privada


Com Ida Gomes e Emiliano Queiroz - 2003



"Sem Controle"


com Flavio Migliaccio (2006)


"Xuxa em Sonho de Menina"



No Retiro dos Artistas - 2008



Fontes: Wikipédia, IMDb, Site Mulheres do Cinema Brasileiro, Site A Gata Comeu, Flogvip.net/mundodolobato, Blog Memória da TV, Site Carl Ole, Site filme "Sem Controle", Site Teatro São Pedro, Site O Mundo Mágico de Lobato, Fotolog O Faz de Conta de Lobato, Portal G1, Site Memória Globo, Arquivo O Globo, Acervo Leo Ladeira, Site Teledramturgia, Site Mauro Rasi, Jornal O Globo, Divulgação "Xuxa em Sonho de Menina", Site Ego, Site Adoro Cinema Brasileiro, Site Programa da Peça.