terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Perfil: Djenane Machado




Djenane Machado
nasceu em 10 de junho de 1947, no Rio de Janeiro, filha do empresário e produtor teatral Carlos Machado, conhecido como o "Rei da Noite" carioca.



Carreira na TV

Na TV, Djenane Machado estreou nos teleteatros do Grande Teatro Tupi.

Em novelas, estreou na Globo, em "Passo dos Ventos" (1968), de Janete Clair, e com direção de Régis Cardoso e supervisão de Daniel Filho.

Em 1969, atuou em três novelas seguidas: "Rosa Rebelde", de Janete Clair; "A Ponte dos Suspiros", de Dias Gomes (sob o pseudônimo de Stela Calderón); e em "Véu de Noiva", de Janete Clair.

Suas novelas seguintes foram: "Assim na Terra Como no Céu" (1970), "O Cafona" (1971), onde viveu a Lucinha Esparadrapo; e "O Primeiro Amor" (1972).

Em 1972, participou do especial "Somos Todos do Jardim de Infância", escrito por Domingos de Oliveira e dirigido por Reynaldo Boury.



Carreira no Cinema

No Cinema, Djenane Machado estreou em "A Penúltima Donzela", em 1969, dirigido por Fernando Amaral.

Depois atuou em As Alegres Vigaristas (1974), Já Não Se Faz Amor Como Antigamente (1976), Sábado Alucinante (1979), Águia na Cabeça (1984) e Ópera do Malandro (1986).



Vedete

Ao mesmo tempo em que brilhava nas novelas de TV, Djenane Machado atuava como vedete em espetáculos produzidos por seu pai, Carlos Machado, como "Hip! Hip! Rio!", apresentado em 1973, na Boate Night and Day, do Hotel Serrador, Centro do Rio.

Djenane, cantando em um registro próximo ao de Bibi Ferreira, encantava na interpretração de "My Heart Belongs to Daddy". O que mais agradou ao velho Machado na época foi ver a consagração de Djenane.

Emendando com o sucesso de "Hip! Hip! Rio!", Djenane estrelou "Graça do Bonfim", no qual vivia uma jovem cantora que vinha para o Rio em busca do estrelato. Com um elenco de 49 artistas, o espetáculo cumpriu temporada no Copacabana Palace e na Boate Night and Day.

No Teatro, Djenane participou também de ‘Música, Divina Música’, produção de Oscar Ornstein.

Em 1979, Djenane estrelou o musical "Rio de Cabo a Rabo", no Teatro Rival.



A Grande Família e Afastamento

Em 1972, Djenane estreava "A Grande Família", seriado que marcou época na história da TV brasileira.

Escrito por Max Nunes e Roberto Freire, Oduvaldo Vianna Filho, Armando Costa e Paulo Pontes, e dirigido por Milton Gonçalves e Paulo Afonso Grisolli, "A Grande Família" foi a primeira comédia de costumes exibida na Rede Globo.

Djenane interpretou Bebel, a filha de Lineu (Jorge Dória) e Nenê (Eloísa Mafalda).

Bonita, talentosa e versátil, Djenane tinha tudo para seguir uma carreira de sucesso. Mas as drogas e o álcool foram afastando os convites. Os constantes atrasos às gravações irritavam a direção da Globo. “Por ser espiritualista, o (diretor Augusto César) Vanucci era mais tolerante, mas o (então diretor José Bonifácio de Oliveira Sobrinho) Boni ficava uma fera comigo”, lembrou ela em uma entrevista.

Sua situação, que não era confortável na emissora, agravou-se ainda mais, quando, em 1974, abandonou, sem qualquer aviso, o elenco da primeira versão do seriado A Grande Família. Foi então substituída por Maria Cristina Nunes. E, durante o episódio, não se falou nada da substituição. Apenas um dos personagens achou que ela estava "um pouco diferente".



Volta à TV

Djenane só voltou à Globo em 1976 para viver a Glorinha, em "Estúpido Cupido". Carlos Machado teve de pedir a Boni, na época diretor artístico da emissora, para que Djenane fosse escalada para alguma produção. Segundo ela, Carlos Machado costumava atender às solicitações de Boni, então casado com a vedete Laís Simões, para que liberasse sua mulher mais cedo vez por outra.

“Apesar dessa nova oportunidade continuava bebendo e usando anfetaminas”, disse Djenane. Mas não voltou a cometer os erros do passado durante as gravações da novela.



Depois de "Estúpido Cupido" ela atuou em "Espelho Mágico" (1977) e "Ciranda de Pedra" (1981).




Em 1978/1979, ela participou do programa "Saudade Não Tem Idade", ao lado do ator Ney Latorraca. Exibido na segunda semana de cada mês como parte da faixa de programação Sexta Super, o programa relembrava ritmos e estilos musicais que invadiram o Brasil em décadas anteriores. “Foi um dos melhores trabalhos que realizei na televisão”, avaliou Djenane.

Nos anos 80, ela atuou em novelas da TV Manchete: "Tudo em Cima" (1985), "Novo Amor" (1986) e "Tudo ou Nada" (1986).



Notícias recentes

Sozinha e sem trabalho, Djenane Machado dedicou seu tempo a cuidar dos pais até eles morrerem, em 1992. Carlos, de problemas cardíacos, em janeiro, e Gisela, figurinista dos shows do marido, cinco meses depois, deprimida com a viuvez.

No mesmo ano, decidiu se tratar. Procurou a amiga Odete Lara, que a aconselhou a fazer análise pelo processo Fisher Hoffman. Foram oito dias num sítio na região serrana do Rio, em que espancou almofadas e reviveu momentos da infância.

“Já havia tentado os Alcoólicos Anônimos e outros métodos, mas esse foi uma verdadeira mágica”, explicou. Curada, vive atualmente do aluguel de dois apartamentos que os pais lhe deixaram. Mas ela costuma dizer que gostaria mesmo é de voltar a atuar.



Veja mais fotos de Djanane Machado em seu álbum próprio no Site Por Onde Anda?



Fontes de Consulta: Site João Carlos Barroso, Acervo Site Cine Brasil, Acervo Balaio do Carl Ole, Istoé Gente (09/07/2001), Site Tele-História, Site Memória Globo, Blog Nostalgia (O Globo), Site Teledramaturgia, Blog Marco Miranda, Livro "Carlos Machado - Teatro da Madrugada" - de Luiz Noronha (Relume Dumará - 1998).

Mosaico: criação Leo Ladeira.



11 comentários:

  1. Ela deveria voltar a fazer novelas.

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  2. Deveria mesmo, mais não é fácil...

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  3. Linda , uma mulher inesquecível , seu talento de grande magnitude ajudou a construir a historia TV brasileira , com belíssimas atuações também no teatro , parabéns , saiba que estamos com muita saudade , voçê nos trouxe muitas alegrias em um país com tantas carências e que continua tratando o artista como um produto mercadológico . BEIJUSSSSSS !!!!

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  4. Nunca é tarde para darmos a volta por cima,essa é a sua vez;vamos lá.Vc. merece,estamos torcendo por vc.Gloriosa.

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  5. Bom ... vou atuar na peça "Ópera do Malandro" que colocaram em cartaz na minha cidade. Felizmente irei fazer o mesmo papel que o dela: Shirley Paquete. Estou muito feliz , e horanda ao saber que uma atriz como ela fez esse papel.
    Obrigada, por ser um exemplo pra mim, eu torço pro você!Vitoriosa ! By: Sayonara Collin .

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  6. Você continua linda e fazendo parte do nossa saudade. Por favor, volte a atuar e nos fazer felizes com sua graça e talento! Um beijo desta fã que te adora! Vera Brandão

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  7. SOU SEU FÃ.
    INCLUSIVE EM SUA HOMENAGEM, COLOQUEI SEU NOME "DJENANE" NA MINHA 1ª FILHA.
    GOSTARIA MUITO DE VE-LA NOVAMENTE ATUANDO EM NOVELAS OU ESPECIAIS DA TELEVISÃO BRASILEIRA.
    QUE DEUS ILUMINE SEUS CAMINHOS.
    SAUDADES...
    onofreguaruja@yahoo.com.br

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  8. A Djenane foi verdadeira musa de todos nós jovens dos anos 60/70. Talentosa, gostosa, bonitona, faz falta até hoje. Tomara que volte às atividades na TV, cinemaa e teatro! Beijo Djenane!

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  9. Mas a Tv Globo é sempre assim...quando um ator ou atriz veterano for ficando mais velho (depois dos 60)... é difícil pegar um papel numa novela ou a discarta de uma vez e fica no esquecimento...lamentável isso viu...muito triste.

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  10. Dje, tudo de bom pra você. Vai em frente, não desanima. A vida se reconstrói. bjs

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  11. Muito linda, herdando o talento do pai e da Gisele. Quando a conheci era namorada do Reinaldo Curi, falecido prematuramente. Teve filhos? Sempre haverá lugar para artistas consagrados. Vá em frente.

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